Por que Jornalismo?

Refletindo sobre essa dúvida, constatei mais uma vez que as perguntas mais simples costumam ser as mais difíceis de responder. Por que fazemos certas coisas de determinada forma? Por que amamos algumas pessoas enquanto outras não? Por que nada é exatamente tão simples quanto parece?

Ao revisitar minhas primeiras memórias, notei algo que atravessava quase todas elas: a pergunta. Mesmo quando o instinto ainda comandava meus gestos, chegava sempre um momento em que a consciência despertava e o mundo, antes limitado ao que eu podia ver, ouvir ou tocar, começava a se abrir no formato de dúvidas.

A frase de Albert Einstein — “Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas” — encontrou lugar natural na minha trajetória. Nesse movimento de curiosidade constante, o Jornalismo surgiu como caminho. Somado a isso, o desejo de colaborar na busca por respostas às dúvidas que ainda existem e de provocar reflexão a partir de novas perguntas me fez reconhecer onde quero estar.

Muitas vezes, ao perseguirmos a apresentação precisa dos fatos, esquecemos de pensar no que vem depois. Em um momento em que somos inundados por informações de todos os lados, confundimo-nos ao acreditar que as respostas bastam, quando na verdade apenas nos confortam.

A dualidade que acompanha essa profissão a torna ainda mais desafiadora. E, justamente por isso, sinto que o prazer de cumprir cada desafio é uma das maiores satisfações da vida.

Em poucas palavras, é jornalismo pela transformação social que ele proporciona, pela transparência das relações, pelos questionamentos que nos movem e pela paixão de comunicar.