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Quem você pensa que é?

  • Foto do escritor: Yuri Messias Cardoso do Nascimento
    Yuri Messias Cardoso do Nascimento
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Preso em uma cadeia de repetição conhecida como rotina, uma pergunta se fez presente em um dos raros momentos reflexivos que o cotidiano permitia: O quanto do que eu transpareço ser hoje, sou eu de fato?


Um documento de identidade, uma conta no Instagram ou uma postura profissional é apenas a superfície de um oceano profundo. É o ponto de contato inicial com a complexidade de quem somos, mas está completamente distante das mais profundas certezas e das íntimas dúvidas que nos habitam.


Carregamos uma característica valiosa herdada de nossos antepassados: a adaptabilidade. Quando precisamos sobreviver ou conquistar objetivos, utilizamos este atributo para moldar a nossa vida.


Mas o que acontece quando estamos tão adaptáveis a diversos contextos e ambientes que esquecemos do que sentimos, do que acreditamos e pelo que um dia lutamos? O que compreendíamos como personalidade ainda existe, ou se adormeceu em meio à personificação de um padrão social mais aceitável?


Muitas vezes, aceitamos o presente e olhamos com nostalgia o passado. Por que essa dualidade? Talvez essa nostalgia não seja um anseio pelo tempo que passou, mas sim um luto pelo “eu” que deixamos de ser para caber em algum lugar. As lembranças nos alegram, o presente nos sufoca e o futuro nos gera ansiedade.


Após perceber, observar e refletir, decidi que era o momento de agir. E a ação, neste caso, não foi externa, mas sim um retorno à essência.


Entendi o quanto da pessoa que eu fui um dia ainda permaneceu em mim. Compreendi que, por mais que o coletivo nos force a adaptar, o meu eu individual jamais poderá ser apagado. Por mais equilibrado que eu precise transparecer, sou radical quando se trata de mim, indo na raiz daquilo que me faz sentir, acreditar e lutar.


A autenticidade não é uma pose; é um compromisso. A música “Máscara” da cantora Pitty nunca fez tanto sentido: “Mesmo que seja, estranho, seja você.”


Quanto mais nos compreendemos, mais nos destacamos no mundo. Afinal, somos o que somos, mesmo “mudando” a cada cenário, a cada quadro e a cada horário.


Diante desta crise, qual é o primeiro passo que você dará para resgatar sua versão mais autêntica?

 
 
 

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